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terça-feira, 20 de julho de 2010

Copa do mundo e as mulheres...

Antes incompatíveis, por questões de preconceito de gênero. Há algum tempo a mudança é visível. As mulheres estão se aproximando do futebol, não apenas jogando, mas assistindo mais. Vide os estádios no campeonato regional e no nacional.

Mas durante a copa do mundo a aproximação com os jogos é maior. Jogos diários valorizados sobremaneira pela mídia conduzem um espetáculo de gols (mesmo que seja pela repetição).

Esta é copa das estatísticas e das mulheres. Não havia visto tantos números significativos juntos. Distância percorrida pelos jogadores, dados de confrontos anteriores, passes certos, erros, chutes, velocidades, etc., mas o que me chama mais atenção é o envolvimento das mulheres.

Elas não aceitam mais brincadeirinhas com o fato de não entenderem de futebol. A enorme quantidade de comentários e informações as suprem de dados para dar pitacos em área que antes eram restritas aos homens que passavam os fins de semana com a TV ligada para ver o esporte bretão.

Nestes dias sul-africanos, durante um jogo da primeira fase, provoquei minha esposa (que só vê jogos do Inter de Porto Alegre quando este vai para alguma final) afirmando que os únicos que podem pegar a bola com a mão durante o jogo é o goleiro e o gandula. Ao que ela prontamente retrucou, gandula não joga. Eita mulherada afiada. Claro que acontecem coisas hilárias com o entusiasmo feminino. Vou compartilhar algumas.

· Professora Eliane (Sede Batel) comentando o primeiro jogo do Brasil (2x1 na Coréia do Norte):

– O Ronaldinho, digo, Robertinho não estava jogando nada...

· Professora de EF1 (Sede Batel):

– GOL! GOOOOLL!!!

Professores acabando com a alegria solitária:

– Não foi gol, é replay!

· Sede Mercês, a orientadora Patrícia, exclamou:

– Não gostei do jogo do Brasil. O time tava apático, os jogadores estavam lentos.

Pergunta deste professor que vos escreve:

– Quantos jogos você assistiu nos últimos meses?

– Nenhum. Aliás, vi um pouco deste jogo do Brasil.

Mas gosto desta alegria pela alegria na copa. De reunir as pessoas que gostamos, falar coisas sem compromisso. E principalmente da sinceridade das mulheres. Gosto também do nosso patriotismo de quatro em quatro anos. Pena que seja durante pouco tempo com grande intervalo. Vamos ver se na próxima (2014) estenderemos mais o período patriótico, mesmo que ela (a copa) não seja realizada aqui (em Curitiba).

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