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domingo, 27 de julho de 2014

Nossa vida na chácara do Simonato

“Falar de um lugar onde só se viveu felicidades, sempre foi bom, todas as idas, conversas, risadas, partilhas. Uma paz e um espaço cheio de energia que parecia perpassar-nos, alimentando e recarregando nossas baterias.” (Rho Gonçalves)

23/fevereiro/2008
 Nossa vida, entre outras coisas, é feita de lugares. Um lugar mais que especial para mim e muitos foi a Chácara do Simonato em Campo Magro (PR). Estou escrevendo esse texto porque a chácara foi vendida nessa semana e quis compartilhar algumas lembranças aqui.
Na minha última ida até lá, fui buscar lenha, me fez pensar em muitas coisas boas que vivi lá. Eu e muitas outras pessoas. Meu casamento com a Rho foi lá em janeiro de 2009. O primeiro acampamento com meus filhos e a primeira pescaria deles, alguns anos depois, foi lá também. Acampamos no recém comprado terreno: não tinha casa, não tinha teto, não tinha nada... Só o prazer do silêncio e de um delicioso churrasco de linguiça com pão.
Festa Junina - Junho/2009
Muitas coisas vividas: O excelente arroz da Val. O lugar ideal pro Seo Marcelino. O passeio da família Weiss Moliani (jogo da copa do mundo perdida). O “roubo” dos xaxins pelo Rildo. O descanso sempre comentado do Galetto. O encantamento da família Torres Porfírio. A festa do milho com a família Contursi Sandmann. O fim da Ypióca pelo professor Rafael Bezerra. As famosas festas juninas, com fogueira e tudo que se merece, inclusive com a festa da mãe Didi numa noite de 24 de junho. A invasão dos Fernandes no fim do ano de 2012 com direito ao encontro da netarada da Didi. As raves da Sica. E os encontros dos amigos dos donos que às vezes íamos de “penetra”. Importante lembrar da presença constante do Gil e da Zélia.
24/abril/2011
A água gelada do poço alimentando a piscina nos dias quentes também ajudava na ida à chácara. Mas sem dúvida o convite para o churrasco ou pegar lenha era o que mais me atraia. Longas conversas resolvendo os problemas do mundo ou apenas aprimorando os melhores times do mundo: Internacional e Atlético. O gaúcho fica em primeiro devido ao respeito aos donos da chácara. Lembro também dos papos com gaúchos ilustres: Lucianos, Kuki, Dete, Onorino, Selau, Zezinho, Gnatta e outras tantas figuras gaudérias ou não.
Mas o que mais marcou foi o empenho do Simonato. Cuidado com a plantação de milho e mandioca. A atenção às belas orquídeas. Lembro do Beto picando lenha (ou me “obrigando” a picar) e escolhendo as árvores para virar combustível pro fogão, lareira ou churrasqueira. Cortando a grama, arrumando a cerca, plantando araucárias, preocupado com as galinhas... E cuidando de cães que sabe lá de onde vinham. Aventuras do filho do seu Onorino (este também ilustre visitante da chácara).
06/janeiro/2013
Depois de muitas fogueiras, aniversários, pinhões, carnavais, piadas prontas, cervejas, natais, anos novos, brincadeiras na água, fotografias, cochilos nos mais diversos lugares (rede, cama, sofá e grama), paisagens admiráveis, passarinhos diferentes... Acabou a festa. “Quem comeu se arregalou-se!”

Um comentário:

  1. Acrescento que tudo de bom que vivemos nesse lugar, muito especial por pertencer a pessoas muito especiais, era mágico, cheio de energia. Conheço muitas pessoas que vão para seus espaços de oração (seja lá qual for, capelas, igrejas, terreiros) eu ia pra chácara. Lá estava em paz, energizada, rodeada de amor e companheirismo, boas conversas, linda natureza.
    Sentirei falta desse lugar, o bom é que as pessoas que o habitavam permanecem juntas e companheiras, minha querida irmã Valdete Oliveira Simonato e cunhado Roberto Simonato, e de longe minha adorada sobrinha Simone Simonato.
    Fui muito feliz nesse espaço ......

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