“Falar de um lugar onde só se viveu felicidades,
sempre foi bom, todas as idas, conversas, risadas, partilhas. Uma paz e um
espaço cheio de energia que parecia perpassar-nos, alimentando e recarregando
nossas baterias.” (Rho Gonçalves)
23/fevereiro/2008 |
Nossa vida, entre
outras coisas, é feita de lugares. Um lugar mais que especial para mim e muitos
foi a Chácara do Simonato em Campo Magro (PR). Estou escrevendo esse texto porque
a chácara foi vendida nessa semana e quis compartilhar algumas lembranças aqui.
Na minha última
ida até lá, fui buscar lenha, me fez pensar em muitas coisas boas que vivi lá.
Eu e muitas outras pessoas. Meu casamento com a Rho foi lá em janeiro de 2009.
O primeiro acampamento com meus filhos e a primeira pescaria deles, alguns anos
depois, foi lá também. Acampamos no recém comprado terreno: não tinha casa, não
tinha teto, não tinha nada... Só o prazer do silêncio e de um delicioso
churrasco de linguiça com pão.
Festa Junina - Junho/2009 |
Muitas coisas
vividas: O excelente arroz da Val. O lugar ideal pro Seo Marcelino. O passeio
da família Weiss Moliani (jogo da copa do mundo perdida). O “roubo” dos xaxins
pelo Rildo. O descanso sempre comentado do Galetto. O encantamento da família
Torres Porfírio. A festa do milho com a família Contursi Sandmann. O fim da
Ypióca pelo professor Rafael Bezerra. As famosas festas juninas, com fogueira e
tudo que se merece, inclusive com a festa da mãe Didi numa noite de 24 de
junho. A invasão dos Fernandes no fim do ano de 2012 com direito ao encontro da
netarada da Didi. As raves da Sica. E os encontros dos amigos dos donos que às
vezes íamos de “penetra”. Importante lembrar da presença constante do Gil e da
Zélia.
24/abril/2011 |
A água gelada do
poço alimentando a piscina nos dias quentes também ajudava na ida à chácara.
Mas sem dúvida o convite para o churrasco ou pegar lenha era o que mais me
atraia. Longas conversas resolvendo os problemas do mundo ou apenas aprimorando
os melhores times do mundo: Internacional e Atlético. O gaúcho fica em primeiro
devido ao respeito aos donos da chácara. Lembro também dos papos com gaúchos
ilustres: Lucianos, Kuki, Dete, Onorino, Selau, Zezinho, Gnatta e outras tantas
figuras gaudérias ou não.
Mas o que mais
marcou foi o empenho do Simonato. Cuidado com a plantação de milho e mandioca.
A atenção às belas orquídeas. Lembro do Beto picando lenha (ou me “obrigando” a
picar) e escolhendo as árvores para virar combustível pro fogão, lareira ou
churrasqueira. Cortando a grama, arrumando a cerca, plantando araucárias,
preocupado com as galinhas... E cuidando de cães que sabe lá de onde vinham.
Aventuras do filho do seu Onorino (este também ilustre visitante da chácara).
06/janeiro/2013 |
Depois de muitas
fogueiras, aniversários, pinhões, carnavais, piadas prontas, cervejas, natais,
anos novos, brincadeiras na água, fotografias, cochilos nos mais diversos
lugares (rede, cama, sofá e grama), paisagens admiráveis, passarinhos
diferentes... Acabou a festa. “Quem comeu se arregalou-se!”
Acrescento que tudo de bom que vivemos nesse lugar, muito especial por pertencer a pessoas muito especiais, era mágico, cheio de energia. Conheço muitas pessoas que vão para seus espaços de oração (seja lá qual for, capelas, igrejas, terreiros) eu ia pra chácara. Lá estava em paz, energizada, rodeada de amor e companheirismo, boas conversas, linda natureza.
ResponderExcluirSentirei falta desse lugar, o bom é que as pessoas que o habitavam permanecem juntas e companheiras, minha querida irmã Valdete Oliveira Simonato e cunhado Roberto Simonato, e de longe minha adorada sobrinha Simone Simonato.
Fui muito feliz nesse espaço ......